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IGREJA CRISTÃ PENTECOSTAL DA BIBLIA MINISTÉRIO PORTA DA VIDA


ESTAMOS EM PLENA REFORMA DO TEMPLO. E CREMOS QUE A GLÓRIA DA SEGUNDA CASA, SERÁ MAIOR QUE A DA PRIMEIRA!!!
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MISSÕES

EQUIPE MISSIONÁRIA DE VILA LUCINDA


PROJETO ALDEIA BOA VISTA






A Aldeia Boa Vista está localizada aproximadamente a 2,3 Km da Rodovia BR 101, no bairro Prumirim e conta com uma área de 801 hectares. Vivem por lá cerca de 119 índios, sendo liderados desde 1993 pelo jovem cacique Marcos Tupã, 29 anos. É ele o responsável por todo e qualquer ato da tribo, e diz que toda a força de uma aldeia dissipa-se da casa de reza, na qual o pajé Marcelino (Ñamando - Pequeno Sol) reúne com os conselheiros e o cacique Marcos Tupã (Trovão) para definir as diretrizes da aldeia.

Baseado na crença dos antigos pajés, os guaranis rumaram para o litoral em busca da terra sagrada, onde um dos índios atravessou o oceano e encontrou o paraíso em que os costumes eram cultivados e só o bem prevalecia, afinal, eles acreditavam que quanto mais próximos do mar, mais perto estariam da terra prometida.

Segundo a história, os guaranis começaram a ser datados durante os séculos XVI e XVII como pessoas dóceis, discípulos dos missionários, ou até mesmo como vítimas dos sanguinários bandeirantes. Mas no fim do século XIX eles iniciaram o processo de migração para o litoral, sendo que, a Aldeia Boa Vista em Ubatuba surgiu no final da década de 60 com a chegada de três famílias trazidas para o Prumirim por Octacílio Dias Lacerda, que foi quem ajudou a escrever a história dos guaranis na cidade. Através de uma estratégia montada por Lacerda, a Funai legitimou a posse da terra para os índios, e resgatou a dívida que Ubatuba tinha com os primeiros habitantes - os índios Tupinambás, extintos na época da colonização. Consta nos autos que sua origem deu-se no Paraguai e Argentina, de onde migraram para o Paraná e mais tarde sendo trazidos para Paraty. Já na Fazenda do Maia no bairro Taquaral em Ubatuba, devido a um desentendimento foram tirados de lá para a Ponta do Piúva, no bairro da Casanga, estabelecendo assim, a Aldeia Boa Vista da Nação Guarani.

Foram implantadas - sem perder as raízes indígenas de seu povo e identidade com seus antepassados - a escola Tembiguai (Mensageiro) mantida pela prefeitura, onde os alunos de 1ª e 2ª séries aprendem sua língua de origem, o guarani-mbya e os de 3ª e 4ª séries recebem aulas em português, além de placas solares para a captação de energia elétrica, fossa séptica, telefone comunitário e posto de saúde. Com isso, a comunidade consegue controlar as doenças como a gripe, verminose, alcoolismo e baixar a taxa de mortalidade infantil.

Os rituais indígenas ainda são mantidos, assim como o artesanato e a música. Em fevereiro de 1999 foi lançado um CD Ñande Reko Arandu (Memória Viva Guarani) em parceria com outras três aldeias guaranis de São Paulo e do Rio de Janeiro contendo canções infantis indígenas e de temas religiosos. O coral indígena era composto por 120 pessoas e músicos com seus instrumentos tradicionais como chocalho, violão de cinco cordas, rabeca de três cordas e tambor, e foi gravado em um estúdio móvel.